O apego a velhas estruturas de pensamento e antigos paradigmas é uma das mais fortes barreiras à mudança e esta diretamente ligada à palavra não. O receio do insucesso, da crítica, do novo faz-nos alimentar o senhor das negações. Estamos diante de um contexto nas quais empresas e profissionais que se apegam a paradigmas obsoletos e não renovam suas práticas têm menores chances de sobrevivência. Provavelmente, gerente com visão restrita, acreditando que não necessitam acompanhar as transformações que se sucedem a cada dia em um mercado cada vez mais globalizado, tem contribuído para o grande número de falências e concordatas - fato amplamente divulgado pela mídia- nos últimos anos. Cresce a cada dia o número de organizações que morrem antes de seu segundo ano de vida.
As mudanças se mostram urgentes no campo das atitudes em relação aos processos de trabalho e aos modelos de gestão. Na área da competitividade, faz-se necessário destruir e reconstruir paradigmas e estratégias, atuar com agilidade, antecipar-se às demandas e acreditar que o que é sucesso hoje pode não funcionar amanhã. Conhecer o caminho do destrutor e suas competências correspondentes poderá ser de grande auxílio aos gerentes e líderes que, por motivos variados, ainda cultuam a manutenção em detrimento da transformação. O rompimento de padrões obsoletos permite-nos enxergar o lado positivo da renovação.
As estratégias do destrutor
Características
· Em épocas de mudanças aceleradas, é preciso destruir o que não é mais necessário e deixar entrar o novo.
· O destrutor ajuda-nos a rever posturas de anulação do que queremos em função do que outro quer de nós.
· Precisamos da energia do destrutor para eliminar, com coragem, tudo aquilo que não é autêntico ou verdadeiro: um medo muito antigo, por exemplo.
· Para usar a energia do destrutor, precisamos enfrentar nossos medos, constando suas origens.
· O destrutor ajuda a nos desprender-mos de máscaras, crenças e padrões que nos mantêm presos ao mundo das limitações.
Competência de Liderança
· Correr riscos calculados, enfrentando as crises com coragem e ação estratégicas.
· Agir de forma autêntica, com base em valores construtivos.
· Superar o medo de errar, do novo, da crítica, do “não”.
· Aprender a conviver no caos com harmonia interna.
· Fazer das derrotas um estímulo para novas tentativas, evitando cometer os mesmos erros. Ser Persistente.
· Desenvolver a capacidade de desapego.
· Compartilhar conhecimento e idéias.
· Atuar de forma flexível e habituar-se a conviver com paradoxos.
O destrutor é uma figura importante no processo de liderança transformadora. É difícil de ser acionado e surge, geralmente, quando as pessoas se deparam com perdas importantes: de poder, de amizades ou de entes queridos, bem como de status e de bens matérias. Normalmente, as pessoas que sofreram grandes perdas mudam por completo sua maneira de ver o mundo e, conseqüentemente, seu modo de ser e agir. As situações que nos tiram de nossa zona de conforto chamam o destrutor, que vira a pirâmide da estabilidade de cabeça pra baixo, fazendo com que o equilíbrio anterior seja abalado, impedindo-nos a ação. É a alavanca que nos move em direção ao desapego e a ruptura com o que nos paralisa. Mas não é necessário esperar perder algo para percorrer o caminho do destrutor: seu início pode ser acionado por meio de pequenos hábitos e de atividades simples, que ajudam a reforçar a capacidade de ousar e renovar.
Construindo o caminho do destrutor
· Entre em contato com seus medos.
· Identifique-os e descubra suas origens.
· Deixe que cada um deles conte sua história.
· Detecte de que tipos são:
Medo primordial: (originado no nascimento): trata-s do medo do desconhecido, da mudança, da liberdade. Traduz pelo receio de não poder satisfazer as necessidades básicas de afeto, identidade. “““ “““ Criado por meio de manipulações do adulto com crianças:” Se você fizer isto, ganha aquilo”
· Medo do caos, da transgressão, de perder a estabilidade: leva à para Lísia, à permanência na zona de conforto.
· Descubra os medos que mais o afetam e como eles estão interferindo em sua vida.
· O que você vem deixando para amanhã e já poderia ter feito, em sua função de algum medo?
· Que conseqüências essa atitude traz para seu crescimento pessoal e profissional?
· De quem são as vozes que o impedem de mudar e que superam sua capacidade de renovação? A que nãos elas estão ligadas: medo da crítica, de não ser admirado e amado, de ser rejeitada, de perder o prestígio?
· Revise seu “disco rígido. Delete algumas crenças e deixe espaços para colocar novas informações, de forma consciente.
Cultue o desapego, iniciando com pequenas incursões:
· Jogue fora ou dê a alguém mais necessitado objetos materiais de que não precisa mais.
· Prepare uma palestra para sua equipe de trabalho, passando dicas que só você domina.
· Defina algumas atividades das quais quer ser desapegar e delegue, demonstrando confiança nas pessoas que trabalham com você.
· Permita-se inovar alguma coisa em sua vida, por menor que seja: cortar o cabelo, mudar o visual de suas roupas, viajar para um lugar desconhecido, tentar um novo restaurante no final de semana, passar por caminhos diferentes quando se dirigir ao trabalho.
· É importante estar atento para o lado negativo do destrutor, que em excesso, abre as portas para atitudes autodestrutivas, rancores e ressentimentos.